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A Substância: Demi Moore merece o Oscar? | Crítica

A Substância

A Substância: Demi Moore merece o Oscar? | Crítica

Obviamente que a pergunta não será respondida na primeira linha desse texto. É necessário, antes de responder à pergunta, falar um pouco do filme que surpreendeu na temporada de premiação.

Uma análise de "A Substância"

A Substância conta a história de Elisabeth Sparkle (Demi Moore), conhecida por seu sucesso em um programa de aeróbica, que sofre um grande baque ao ser demitida por seu chefe. Desesperada, ela recebe a proposta de um laboratório que promete aprimorá-la por meio de uma substância (olha o título aqui) especial.

O filme é vendido como um terror. Um terror moderno, cheio de referências aos clássicos do gênero. Funciona como terror? Sim e não. Sim, porque ele aterroriza e não, porque ele não chega amedrontar. O filme conta a história do ser humano, voltada para sua própria vaidade e ego, e atrai na forma como é contado. É instigante e você quer assistir para ver que no que vai dar. Instiga tanto que, no decorrer, não responde a altura a expectativa gerada de quem o assiste. De querer continuar assistindo, chega um momento que você só quer que ele acabe.

Exagerado, o longa Coralie Fargeat foca nos closes fechados e, em alguns momentos, parece um vídeo de ASMR. Por mim, tudo bem. O exagero, até nas atuações, funcionam, incluindo a boa participação de Dennis Quaid, na pele do chefe de Sparkle.

Obviamente, os olhos estão voltados para Demi Moore e ela foi chamariz para essa resenha e ela está, olha, muito bem. E só. Atuação, digamos assim, acima para atuações de filmes de terror. Mas merece o Oscar? A indicação parece ser bem justa, segundo a crítica especializada (não sou especialista; no máximo, especial), mas para ganhar em Melhor Atriz?

Para quem leu meu texto sobre Ainda Estou Aqui, eu falo que nele Fernanda Torres vai ganhando força e destaque ao decorrer da história. Em A Substância, Moore já começa o filme lá em cima, bem demais, porém vai caindo ao decorrer dele, some em alguns pontos e, no final, o excesso de maquiagem fala mais que a atuação em si. Por isso, ainda sem ver as demais concorrentes, é uma atuação muito boa, porém não para levar a principal categoria de atuação feminina do Oscar.

No mais, A Substância não prometeu nada, entregou um pouco mais do que prometeu e é apenas um filme legal de se assistir.

Texto escrito por Bruno Felipe

Nota do Crítico:

Demi Moore em A Substância
Demi Moore em A Substância

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