Confesso que, por não ser um grande fã de filmes de terror, sempre me aproximo do gênero com uma certa cautela. A tendência de ser parcial e crítico é alta. No entanto, foi com a mente aberta que decidi dar uma chance a “Juntos”, dirigido por Michael Shanks e estrelado por Dave Franco e Alison Brie. Para minha surpresa, o que encontrei foi uma trama que me fisgou e uma experiência genuinamente interessante.
Uma Metáfora Grotesca para o Amor
Para começar, o que realmente me chamou a atenção foi a forma como o filme utiliza o horror como uma lente para explorar um relacionamento disfuncional. O enredo pega uma metáfora do mito de Platão sobre os seres humanos esféricos divididos em dois. A busca pela “outra metade” não é uma união romântica aqui, mas uma co-dependência destrutiva, corroída por uma força maligna que transforma o amor em um caminho de autodestruição. Dessa forma, o filme ganha uma profundidade inesperada.
Pontos Fortes: Atuações e Sustos na Medida Certa

Afinal, Dave Franco e Alison Brie entregam atuações excelentes, com uma química visível que faz você acreditar na relação conturbada de Tim e Millie. Eles conseguem equilibrar a tensão com um bom senso de humor, o que alivia a atmosfera em momentos-chave e enriquece a dinâmica do casal. Além disso, a trilha sonora contribui de forma eficaz para a composição do clima de suspense. O filme não se apoia apenas em jump scares previsíveis. Pelo contrário, muitos são inesperados, e a direção os constrói bem, o que, para mim, é um ponto extremamente positivo.
Os Pontos Fracos: Trama e Mitologia Nebulosa
Apesar de tudo, “Juntos” tropeça em alguns pontos cruciais. A mitologia por trás da maldição ou seita que assombra o casal carece de aprofundamento. A origem da força maligna — seja ela alienígena, cósmica, de magia negra ou demoníaca — não fica clara. Do mesmo modo, o filme explica pouco a motivação do “vilão”, o que deixa um vazio na narrativa. Para um espectador que não viu a sinopse, esses elementos podem gerar uma certa confusão, principalmente no começo. O final, com seu gosto amargo e tom incomum para o gênero, pode dividir opiniões, mas não chega a estragar a experiência de quem busca um bom filme de terror.
Veredito Final
Em suma, “Juntos” é uma surpresa agradável. É um filme que entrega o que promete no gênero, e ainda adiciona uma camada de significado por trás do terror. Para quem busca uma história com uma camada de significado por trás do terror e não se importa em preencher algumas lacunas da mitologia, é uma excelente pedida.
Nota:
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