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5 Grandes Filmes de Terror da Última Década Que Estão Destinados a Serem Clássicos

novembro 10, 2025 8:30 am

O Gênero de Terror Se Reinventou ao Explorar Ansiedades e Traumas da Vida Real

Nos últimos dez anos, o terror passou por uma transformação que ninguém viu realmente chegar. Um gênero antes visto como previsível começou a entregar filmes que vão muito além de jump scares, sangue e todos os clichês que conhecemos. Com o tempo, o terror se reinventou, provando que pode ser inteligente, provocativo e até mesmo emocional na medida certa. O medo ganhou novas camadas e começou a refletir ansiedades da vida real, com histórias que perturbarão porque poderiam acontecer de verdade.

Muitos ficarão com os espectadores por dias, seja porque os traumatizaram de alguma forma ou acertaram em algo profundamente pessoal. O gênero se tornou mais real do que nunca.

E entre tantos, algumas produções específicas conseguiram se destacar — daquelas que os fãs continuam falando anos depois ou usam como combustível para debates intermináveis. Estes são os filmes que marcaram uma mudança no que significa ir ao cinema ou ligar a TV procurando algo assustador.

Aqui estão 5 Melhores Filmes Terror da última década que parecem destinados a se tornarem futuros clássicos e permanecerem na memória do público por muito tempo.

**1) Corra! (Get Out)**

Corra! não é apenas um filme de terror; é o tipo de filme que faz você pensar enquanto o mantém tenso o tempo todo. A ideia aqui é pegar o gênero de terror e transformá-lo em um comentário social afiado. A história segue Chris (Daniel Kaluuya), que visita a família branca de sua namorada apenas para perceber que algo está muito, muito errado. Racismo, privilégio e microagressões ficam no centro de tudo, mas o filme lida com esses temas com precisão cirúrgica, misturando tensão e sustos na medida certa. É inteligente, eficiente e completamente inesquecível — facilmente um dos filmes de terror mais importantes de sua geração.

Este é o tipo de filme que melhora a cada vez que você o revisita, pois você começa a notar novas camadas de simbolismo e crítica social que podem ter passado despercebidas na primeira vez. Cada cena é elaborada para construir desconforto, do humor sombrio ao terror total. Corra! funciona muito bem porque não é apenas assustador; é relevante, ousado e profundamente pessoal. Ele fala diretamente com o público de uma forma que a maioria dos filmes de terror nunca sequer tenta. Ele permanece poderoso, permanece oportuno e continuará a ressoar por muitos anos.

**2) Hereditário (Hereditary)**

Hoje em dia, é fácil encontrar pessoas dizendo que Hereditário não é tão assustador ou que esperavam mais. Mas isso perde o ponto, porque este é um filme que fez história no momento em que saiu. Por quê? Porque ele não perde um único segundo tentando ser “amigável” com o público. Desde os primeiros minutos, você sente que algo está horrivelmente errado. É como se apenas a introdução do filme baste para deixar você tenso. A história segue a família Graham enquanto segredos sombrios e forças sobrenaturais começam a surgir após a morte da matriarca da família. É terror psicológico puro — você não apenas assiste, você sente.

Outro filme dirigido por Ari Aster, aqui, a sensação de terror inevitável é avassaladora. Você sabe que vai acabar mal, mas não consegue desviar o olhar. Uma vez que você aperta o play, não há como voltar atrás, mesmo que você quisesse. É brutal, perturbador e deliberadamente exaustivo, porque o impacto emocional faz parte da experiência — isso é exatamente o que garante seu lugar como um futuro clássico. Ele não envelhece, e ainda desperta debate anos depois entre os fãs de terror.

**3) O Babadook (The Babadook)**

O Babadook pode não ser o primeiro título que vem à mente quando as pessoas pensam em terror moderno, mas é basicamente uma aula de mestrado em como mexer com a mente do público — e isso é exatamente o que os fãs de terror querem secretamente. Às vezes não se trata de ficar assustado ou sentir a adrenalina; trata-se daquela tensão constante que nunca deixa você respirar. A história segue Amelia (Essie Davis), uma mãe viúva que luta contra o luto enquanto cria seu filho problemático, Samuel (Noah Wiseman). Quando um estranho livro infantil surge de repente em sua casa, tudo começa a desandar, deixando você questionando se o horror é sobrenatural ou nasce de um trauma não resolvido.

Como muitos grandes filmes de terror, ele pega algo dolorosamente real, como luto, depressão e perda, e o transforma em um monstro literal. O terror vem dos momentos silenciosos, dos olhares, dos silêncios e, claro, do próprio Babadook. Mas o que torna O Babadook tão impressionante é como ele equilibra cada elemento com precisão cirúrgica, dando a cada susto e a cada cena perturbadora peso emocional e psicológico genuíno. É uma história sobre emoções universais, usando o medo como um espelho — e esse tipo de terror nunca fica velho.

**4) Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar)**

Este é um filme que quebra completamente o que as pessoas pensam que o terror precisa ser. Não há atmosfera escura de casa assombrada ou gritos no meio da noite — Midsommar vai na direção oposta. É terror em plena luz do dia e, de alguma forma, isso o torna ainda pior. Ambientado durante um colorido festival sueco cheio de rituais estranhos, o filme segue Dani (Florence Pugh) enquanto ela lida com uma tragédia pessoal e viaja com seu namorado e amigos para uma comunidade rural. Então, o que começa parecendo pacífico se transforma rapidamente em algo perturbador. É terror psicológico puro, do tipo que atinge forte porque explora a perda, o luto e o isolamento emocional.

Dirigido por Ari Aster, Midsommar é profundamente perturbador, especialmente na primeira vez que você assiste. O timing do horror é perfeito, e quando os créditos rolam, o filme permanece com você por muito mais tempo do que você esperaria. Ele mudou as expectativas sobre como o terror poderia ser, e a atuação de Pugh é absolutamente fenomenal. Não há dúvida de que este já está a caminho de se tornar um clássico.

**5) A Bruxa (The Witch)**

Você conhece aquele tipo de terror que se instala lentamente e fica sob sua pele? A Bruxa é o auge disso. O filme já é considerado uma obra de arte por muitos fãs porque não depende de jump scares — em vez disso, ele constrói um mundo inteiro movido por paranoia, religião e desespero. Isso é o que o torna tão cativante e lhe dá o peso de algo que todo fã de terror deveria assistir para entender como é o verdadeiro fazer cinematográfico no gênero. A história segue Thomasin (Anya Taylor-Joy) e sua família enquanto eles enfrentam eventos cada vez mais estranhos e ameaçadores nos bosques perto de sua casa.

Dirigido por Robert Eggers, o medo aqui é psicológico. Cada detalhe, da linguagem ao design de figurino, aumenta uma tensão que continua crescendo à medida que a história se desenrola. O filme é construído para que o horror se insinue em você, até que você perceba que tem prendido a respiração durante cenas inteiras. A Bruxa é um slow burn que exige paciência, mas recompensa em grande estilo.