A Max liberou mais um episódio da segunda temporada de The Last of Us, e ele está entre os mais emocionantes até agora. O capítulo 6 traz de volta Joel Miller em flashbacks reveladores, além de recriar cenas icônicas do jogo The Last of Us: Part II. Mas, ao mesmo tempo, a série também toma caminhos inéditos, aprofundando relações e inserindo novas camadas na história de Joel e Ellie. A seguir, veja as principais diferenças entre o jogo e o sexto episódio de The Last of Us.
Abertura com flashback inédito do passado de Joel
A série manteve o padrão desta temporada: cada episódio começa com cenas inéditas que não existem no game. Neste capítulo, somos levados à juventude de Joel, quando ele enfrenta o pai para proteger o irmão, Tommy. A cena mostra o início da personalidade protetora de Joel e o trauma familiar que moldou seu comportamento.
Curiosamente, o momento termina com uma reflexão do pai dele: “fui um pouco melhor que meu pai… espero que você seja melhor do que eu”. Essa fala ecoa em tudo que Joel tenta ser para Ellie.
Diferenças na marca da mordida e na tatuagem de Ellie
Logo depois do flashback, vemos Joel e Ellie em Jackson, dois meses após os eventos da primeira temporada. Joel prepara uma surpresa para o aniversário de 15 anos de Ellie — incluindo bolo e um violão. No entanto, os planos desmoronam quando Tommy aparece com Ellie dopada de analgésicos, após ela queimar o próprio braço com uma solda para esconder a marca da mordida.
Aqui temos uma mudança sutil em relação ao jogo. Na série, Ellie queima o braço e depois cobre a cicatriz com uma tatuagem. Já no game, ela vai direto para a tatuagem. Ambas as versões, porém, destacam o desejo de Ellie de esconder o passado.
Cena do violão recriada com fidelidade
Um dos momentos mais aguardados pelos fãs foi a entrega do violão. A série recria a cena em que Joel toca “Future Days”, prometendo ensinar Ellie a tocar. No jogo, esse momento acontece após Joel confessar ao Tommy que mentiu para Ellie sobre a cura. Logo depois, ele presenteia Ellie com o violão — sequência que abre o segundo game. A série manteve a emoção intacta, com atuações carregadas de significado.
Visita ao museu: um sonho adaptado com maestria
Mais tarde, o episódio mostra o aniversário de 16 anos de Ellie. Joel a leva ao Museu de História Natural de Wyoming, numa sequência adaptada diretamente do jogo. A cena é linda: Ellie vive o sonho de ser astronauta, entrando em uma cápsula espacial e ouvindo o áudio da Apollo 11. A série usa os mesmos enquadramentos e ambientação sonora para capturar o encantamento da personagem.
No final da visita, ela vê vagalumes na floresta, lembrando da mentira de Joel sobre os Vagalumes — uma diferença sutil em relação ao jogo, onde essa lembrança vem ao ver uma pichação do grupo no museu.
Flashback inédito aos 17 anos de Ellie e a briga com Joel
No trecho final, temos mais um salto temporal. Agora, Ellie completa 17 anos. Joel traz um bolo, mas é surpreendido ao ver Ellie com a namorada Cat, que estava fazendo uma tatuagem no braço da garota — no mesmo local onde fica a cicatriz da mordida. As duas também estavam fumando maconha.
O clima pesa e a briga entre Joel e Ellie motiva a garota a sair de casa e ir morar na garagem — algo diferente do jogo, em que ela já vive lá desde o início. O episódio termina com um diálogo profundo sobre mariposas. Ellie diz que elas simbolizam mudança, mas Joel descobre com a terapeuta de Jackson que elas também representam morte — uma constante na vida da protagonista.
Cat: personagem do jogo ganha espaço na série
A personagem Cat, que existe no universo do game, finalmente aparece de forma mais concreta na série. Embora tenha sido cortada da versão final do jogo, onde teria cenas interativas com Ellie, aqui ela ganha mais destaque e importância emocional. Isso mostra como a adaptação está aproveitando elementos descartados do jogo para enriquecer a narrativa.
Conclusão
Com uma combinação de cenas inéditas e recriações fiéis, o sexto episódio aprofunda a relação entre Joel e Ellie de forma sensível e impactante. Embora algumas mudanças sejam notáveis, a essência da história permanece intacta — com ainda mais camadas emocionais.
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Fonte: Adaptado do artigo de Bruno Silva e Matheus Fiore publicado no Omelete em 18/05/2025.
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